Sabemos olhar!

24 de jul. de 2012

DISCORRA FAMÍLIA


Família não é apenas uma forma organizacional de pessoas com laços parentescos numa simplificada composição, denunciam os retratos amarelados e invadidos por traças, eles sim elucidariam melhor esse conceito.

O seu radical é formado pelos pais, seus filhos e estende aos parentes.

Não existe uma definição ajustada sobre o que é família, e quem não teve uma família imagina ter sido uma criança mais feliz, e que perdeu na infância as delícias de uma.

Nestes últimos dias resolvi implicar:

Será mesmo que definir família é o principal laço de amor? Um apoio de sustentação? Quando vem pranto surge o acalento? Quando se sente doente, alguém pergunta se estar melhor? Quando se tem fome, uma mão parte o pão e te entrega o miolo? O caminho que se trilha não é mais perigoso? Ter família cessa o desespero de se sentir sozinho? O amor é seguro? Não se preocupa em perfeição apenas em existência? Ela é responsável por nossa formação e nosso caráter? 

Conversei discretamente com algumas pessoas mais próximas, para que me respondessem o que compreendia por família: - Discorra o que é família.

Notei semelhanças em suas respostas, elas traziam cuidadosamente as pessoas ligadas como seus filhos, seus pais, seus avós, seus primos e primas, o sentimento de orgulho perceptível por viverem nesse conjunto. 

Porém, na exceção de uma resposta, ouvi que família não tem relação apenas sanguínea e sim na faculdade da livre escolha.

Até que ponto se escolhe alguém? 

Nos meus questionamentos era como um mosaico se formando, no fundo era como se estivesse travando um desafio. É verdade que não é um tema fácil para mim. 

Às vezes, sinto-me pertencente a uma grande família e em alguns momentos sem sobrenome. Não tem nada relacionado aos dramas e dissabores da “pobre incompreendida”, sei do meu desenho contagiante em apontar pessoas para serem “meus” como familiares. 

Em algumas respostas que ouvi é que  família é a união de pessoas pelo amor constituído entre amigos que se pode conquistar. Descobri também que ninguém quer ser excluso do seio familiar,  ser abandonado por rejeições.

A “natureza” nos coloca em lugares além.

Famílias inversas que não se comunicam e não tem uma única adoração por conviverem. Sentem falta de pessoas que existem e mesmo vendo todos os dias, não se falam.

Família são nossos verdadeiros amigos? Será que ELES sabem que fazem parte da nossa família? 

O que sei é que meus olhos ficam marejados em falar dessa matriz, por inspirar referências e quem sabe os ancestrais. 

Divagando e divagando, ouso definir família: 
"É enxergar um campo fértil em que atravessamos rapidamente, sem poder tocar nas tulipas."

Não devemos assertivamente responder com definição romanceada, ou seja, declarando que família é a base de tudo, pois é possível não termos, e sentirmos a sensação de que o nosso chão é flutuante, então, concluímos que é melhor não definir que ela é a base de tudo.

Confortável acreditar que é na existência da família que conhecemos inicialmente a força, o amor e a união. O que se espera dos membros da família é a promessa de lealdade.

Quando nascemos num lar bem “bonitinho - retratos bem tirados ” não nos é fácil compreender todas as nuanças do conjunto familiar. 

Acerbo a valorização em falar do nascimento e a criação, trago essas questões, contudo, como falar da minha existência? 

Resumo em três elementos: Um homem, uma mulher e um amor insólito.

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