
Por um breve momento o João-de-barro, lamentou-se, culpou-se.
A casinha destruída, tão linda e perfeita, estourada ao chão.
Arrependido de ter feito sua morada no galho, imaginou que se fosse construída em outro, o vendaval não teria vencido.
Ele passou a se culpar, a culpa era forte todos os dias, o temor do inverno e o desamparo era sua queixa.
Não daria mais tempo para construir um novo abrigo, o cambaleante pássaro, retorcia-se em remorso. Porém, não sabia o João-de-barro, que ele não tinha culpa alguma, pasmem! O problema não era o galho da árvore, o problema era o TRONCO. O tronco da árvore estava oco, sem vida, e os galhos estavam fracos, como agüentar o peso de uma casinha?
Por um instante, silenciou os lamentos, observou atentamente, percebeu porém, que aquela árvore não tinha vida, sustentação e segurança.
Alegrou-se pela proeza da sua vida, que é à vontade em construir, e por ser um sagaz engenheiro da natureza, pensou ele: - SIM, HÁ TEMPO DE CONSTRUIR UMA NOVA MORADA!
